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Não tenha dúvidas, adote um vira-lata

9 de fevereiro de 2011.
cao e gato Eles estão longe de serem considerados puros, não possuem características marcantes que os diferenciem e nem se encaixam exatamente em padrões de beleza.
A palavra que os classifica, associada ao hábito de revirar latas de lixo em busca de comida, aparece nos dicionários como um sinônimo de “sem classe, sem-vergonha”.
Mas os cães e gatos sem raça definida (SRD) driblaram a má fama. E foi-se o tempo em que eram deixados do lado de fora das casas e relegados ao segundo escalão dos amigos de quatro patas. 
Cães e gatos mestiços são tidos como mais inteligentes que a maioria dos animais decachorro_gato raça. E um estudo feito pela Universidade de Aberdeen e Napier, na Escócia, vem colaborar com essa teoria. A pesquisa aplicou sete testes diferentes em um grupo de 80 cães. De acordo com os profissionais envolvidos, os vira-latas apresentaram melhor noção de espaço e resolveram problemas — como procurar ossos embaixo de latas — com mais facilidade do que os colegas com pedigree.
Mas a avaliação não é unânime. Daniel Guimarães Gerardi, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, por exemplo, não se entusiasma: “Os vira-latas são tão inteligentes quanto qualquer outro animal. Esse desempenho independe da raça. Está mais ligado a habilidades específicas de cada bicho”.
O quesito comportamento é outra variante a ser considerada na hora de adotar um pet mestiço. Para quem acha que eles podem ser uma fonte de confusão, a opinião de Marcelo Quinzani, do Hospital Veterinário PetCare, de São Paulo, não deixa de ser uma surpresa: “Vira-latas, principalmente os que têm um histórico de vida na rua, são mais dóceis”, ele afirma. “Isso se dá devido ao instinto de sobrevivência. Sendo mais amistosos, eles conquistam mais cuidados.” E os espertinhos são tão aptos ao adestramento quanto qualquer outro animal de estimação
Animais que tiveram suas características selecionadas por reproduções programadas tendem a desenvolver problemas típicos daquela raça. No caso de cães e gatos vira-latas, não há um biótipo específico. Eles têm diferentes pelagens, tamanhos e características físicas proporcionados pelos cruzamentos ao acaso. “Essa variedade genética contribui para que esses animais se tornem menos predispostos a desenvolver determinadas doenças, como insuficiência renal e dermatites”, teoriza Daniel Gerardi
dogMas vale o alerta: isso não significa que a imunidade seja total. Avaliar a aparência física do cachorro, por exemplo, é uma boa maneira de investigar se existe predisposição a algum mal. “Cães de grande porte podem ter problemas articulares, enquanto os de focinho achatado tendem a apresentar dificuldades respiratórias”, ensina Marcelo Quinzani.
Ou seja, vira-lata também é bicho — trate da saúde dele como faria com qualquer animal de sangue azul. A vacinação deve estar sempre em dia, prevenir o aparecimento de pulgas, carrapatos e vermes garante o bem-estar e check-ups periódicos vão ajudar a mantê-lo sempre saudável. Quanto à alimentação, nenhum segredo: as rações devem respeitar o porte e a idade do animal. No mais, passeio e carinho são mais que bem-vindos. 

Isso posto, se você encontrar um desses animais na rua e resolver adotá-lo, o melhor a fazer é levá-lo logo a um veterinário e mantê-lo isolado dos outros animais da casa por alguns dias. Esse período de observação é importante para perceber se o bichinho tem alguma doença ainda incubada em seu organismo. Depois de um mês de avaliação, o gato veterinário poderá dizer se seu novo companheiro está suficientemente saudável para tomar as vacinas de praxe.
Vale lembrar: cachorros e gatos, uma vez por ano, devem receber uma dose para espantar o vírus da raiva. Os primeiros recebem ainda a vacina múltipla, a V10, que protege contra cinomose, adenovírus, parainfluenza, parvovírus, coranovírus e dois subtipos de leptospirose, além de ser imunizados contra a gripe canina. Já os felinos devem ser vacinados para evitar rinotraqueíte, panleucopenia, clamídea e vírus calicivírus.
Ainda está em dúvida? Pensando que pode ser um perigo levar um doce filhote para casa e vê-lo crescer demais e virar um grande problema? Pois saiba que, prestando atenção em alguns detalhes, dá para ter uma pista do porte do amigo de quatro patas que se vai adotar.
Como Escolher seu filhote
Algumas características dos cães quando pequenos podem indicar o porte que atingirão na idade adulta
1. A primeira dica é ficar de olho na cabeça do bicho. Um ossinho no crânio, chamado de crista occipital, geralmente é mais proeminente na turma que vai ser de grande porte.
2. Preste atenção também nas patas e nas juntas. Se elas forem arredondadas e grandes, é sinal de que o cão tende a crescer bastante.
74% das pessoas que têm cães em São Paulo obtiveram seus bichinhos pela via da adoção — ou seja, nada de pedigree ou raça definidos
26% dos gatos brasileiros que vivem com famílias não possuem características de nenhuma raça — em outras palavras, são mestiços
Fonte: saude.abril.com.br

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